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EMICIDA PREPARA LIVRO SOBRE O SUCESSO EMPRESARIAL NA CENA INDEPENDENTE

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Emicida é um criador inquieto. A música é o seu ganha-pão principal, porém, o interesse por outras expressões artísticas está crescendo.  Na lista de projetos futuros está um livro contando a história do Laboratório Fantasma, empresa criada junto com o irmão e empresário Evandro Fióti e que hoje é um exemplo de sucesso na música independente.

“O Evandro me intimou a escrever essa história. Contar como começamos e como chegamos até aqui. Será uma narrativa das nossas experiências, baseada nas minhas memórias”, disse.

Em 2009, a empresa surgiu com o lançamento da primeira mixtape (compilação de singles) “Pra Quem Já Mordeu Cachorro Por Comida, Até Que Cheguei Longe”, que era vendida nos shows e pela internet.  Em pouco tempo se transformou em marca de roupa e loja virtual. Além de vender os shows do rapper, a Laboratório Fantasma também agenciou outros artistas, criando uma referência importante na música independente. Eles começaram vendendo cópias do single “Triunfo”, de mão em mão, por R$ 2. Com disposição e faro para os negócios, os irmãos vendiam até duas mil cópias por mês. O dinheiro era usado para manter a carreira do rapper, que naquela época era uma lenda nas batalhas de rimas (freestyle) e fazer mais CDs para vender.

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Mais do que uma empresa, a Laboratório Fantasma virou uma família onde todos compartilham o amor pela música e por mudanças de paradigmas. Graças a criatividade e desempenho dos colaboradores, a Lab, como é carinhosamente chamada, consegui abrir muitas portas para o hip-hip brasileiro.

Um dos artista da casa, o multi-instrumentista  Rael vai lançar um álbum financiado pelo projeto Natural Musical.  Em abril, sai o disco de estreia do Fióti, com composições próprias e releituras de clássicos do jazz. Outro integrante do time é o rapper Kamau, uma das figuras mais importantes do rap.

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A independência  gerada pela empresa garantiu ao Emicida a liberdade criativa necessária para álbuns inovadores. “Tento ser um artista diferente a cada projeto. Quero explorar outras possibilidades sem ficar preso a nada”, disse.

Os estudos de técnica vocal estão ajudando a ampliar as possibilidade de composição. “Tenho estudado muito. Quero me ver mais como instrumentista dentro do que faço. Tenho aprendido outras coisas com a técnica vocal e, por isso, me dedicado a outros tipos de composição, usando outras partes do corpo, usar o improviso, usar onomatopeia, a voz que vem do peito e vai para a cabeça de um jeito novo. Até então, eu só sabia fazer o que faço de um jeito. Isso é uma limitação. Me vejo muito como um jazzista”.

Fonte: R7

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