De uns anos para cá, podemos ver facilmente o que eles fizeram principalmente com a cena do rep no Brasil, mais concisamente no Rio de Janeiro: transfiguraram a mente da nova geração com o estilo de se vestirem, ao tirarem fotos, gírias, etc. Influenciaram tantos com demasia autenticidade que conseguiram fazer com que muitos transparecessem o oposto. Pois, na minha subjetividade, não necessariamente precisariam copiar literalmente tudo o que eles falam ou fazem; parece que Nike, Adidas, pochete e boné polo foram lançados ontem e hoje estourou por aqui. Soa engraçado como muitos passaram a se embriagar no congênere.
Agora, esqueceram o que idolatravam no passado para tornar enfático a genialidade do Bloco 7. Difícil citar todos, mas Akira Presidente, Nectar Gang, Luccas Carlos e Sain são alguns dos que puseram esse motor para funcionar, diga-se de passagem empregando um monte de pessoas.
Para quem não sabe, por exemplo, o real significado do “C” feito com as mãos simboliza a gangue norte-americana ‘Crips‘ (Community Revolution In Progres’S), fundada em 1969 por Raymond Washington e Stanley “Tookie” Williams – e usam a cor azul para também se identificarem. Eles são rivais extremos dos ‘Bloods‘ – que usam o vermelho (em português significa sangue). O perigo mora ao lado: se um membro dos Bloods ver alguém incitando o símbolo de seu maior rival, facilmente pode resultar em problemas sérios. Provavelmente isso só aconteceria se feito nos Estados Unidos, e jamais aqui no Brasil.
Já no mundo do Bloco 7, o “C” faz alusão a um bolo de dinheiro – que quando há uma boa quantia dobrada, feito à mão, forma o que eles insinuam. Indubitavelmente, milhares imitam mas não conhecem a essência do negócio – e isso é lastimável.