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Muzzike abre o jogo sobre seu novo som, colaborações com o Predella e os próximos planos do Terceira Safra

Trocamos uma ideia com o Rapper Muzzike, ele falou sobre diversos assuntos, sobre seu último single lançado, próximos trabalhos do Terceira Safra e até sobre colaborações com o Predella, Vocês precisam conferir.

 

Matheus RapRJ: Qual foi o seu primeiro contato com o Rap, e como foi?

Muzzike: Primeira mente salve família do RAP RJ, satisfação em estar falando com vocês! Então, desde pequeno eu sempre fui muito imperativo, não parava quieto, e quando eu tinha uns 9, 10 anos eu vi um clipe na MTV onde tinha uns caras rodando com a cabeça no chão, dando uns saltos mortais e fazendo umas coisas insanas com os pés, foi ali que o Hip Hop me conquistou, mas meu primeiro contato oficial com o Rap foi com 15 pra 16 anos na escola, através do Break dance e do skate, nessa mesma época conheci as batalhas de rima, conheci também a musica de um cara que falava sobre a saudade que sentia de uma mina, esse som era “Acabou” do Projota. Achei muito foda essa parada de um cara do meu bairro estar conquistando os ouvidos dos meus amigos na escola, e com vários acessos no Youtube, dai pra frente comecei a frequentar os roles de Rap, ver shows do Kamau, do Pentágono no Hole Club, Criolo e DanDan na Rinha da Rua 7 de Abril, batalhas do Emicida no Youtube e por ai vai… E hoje em dia eu conheço e tenho musica com quase todos eles… que coisa louca rs

 

Matheus RapRJ: Por que você decidiu começar a fazer Rap, a fazer música?

Muzzike: Eu nunca planejei isso, escrevia algumas rimas no caderno na hora da aula, Mostrava pro Maltrapilho e pro Mayk, isso antes do Terceira Safra, pois eles já tinham feito parte de grupos de rap antes. Quando conheci o Projota ele tinha uma ideia de fazer uma mixtape com todos os MCs do Lauzane, que no fim acabou não saindo, mas rendeu algumas parcerias, algumas amizades, e na falha desse Projeto que eu, o Mayk e o Maltrapilho decidimos juntar aquelas letras e fazer um grupo, já que tínhamos uma sintonia de tempos, e foi com o Terceira Safra que eu comecei minha carreira na música e estamos ai até hoje.

 

Matheus RapRJ: Como foi trabalhar com o Emicida em uma track? Isso mudou algo na sua carreira?

Muzzike: Foi foda pra caralho, porra, eu sempre fui fã do Emicida, eu estava no show de lançamento da primeira mixtape!!! pra mim aquele cara era foda, cada rima, cada levada eu achava de outro mundo, e ainda acho! a gente já tinha trocado ideia algumas vezes em shows mas poucas palavras. Então ha uns dois ou três anos atrás fui até um show dele, consegui tirar uma foto e ele falou “Cola la em casa, vamos trocar umas ideias”… até achei que era da boca pra fora, no calor do momento pós show rs… mas era papo reto mesmo, dai ficamos amigos e pouco tempo depois veio o convite pra Mandume. Quando recebi o convite foi uma alegria mas também uma cobrança, senti muita responsabilidade, pelo tema e pela proposta que o som tinha, tanto que escrevi três vezes meu verso pra escolher um, e ainda tive que terminar as ultimas rimas no estúdio.

Mudou bastante coisa no quesito profissionalismo por exemplo, ampliei minha visão sobre a forma de se fazer música, vi de perto o jeito que os grandes músicos trabalham, pude participar de grandes festivais como Lollapalooza, João Rock (mais de 50mil pessoas) Coala Festival, até mesmo a gravação do DVD do Emicida que será lançado em breve.

 

Matheus RapRJ: Você imaginava que seu trabalho iria ganhar uma proporção desse nível? Com vários e vários acessos.

Muzzike: Não acho que meu trampo tenha uma proporção grande, infelizmente não tenho muitos acessos, talvez pelo fato de demorar um pouco para lançar coisas novas, mas fico muito feliz com as críticas positivas que cada lançamento vem tendo, acredito que a qualidade seja o principal para um artista. Na época que o Terceira Safra atuava com mais frequência na cena os sons tinham mais acessos, isso antes das mudanças que o Youtube fez na plataforma que da mais alcance pra quem investe mais, quem lança mais ou quem tem mais inscritos. Acredito que a relevância de alcance dessas plataformas deveriam ser por qualidade não por quantidade, mas por outro lado fico feliz com alguns lançamentos, em particular “Te Levar” que foi minha primeira musica a chegar a 1milhão de visualizações.

 

Matheus RapRJ: O que você pode falar sobre você e o Predella, depois de algumas desavenças agora vocês voltaram a se falar, pretendem lançar algum trabalho colaborativo?

Muzzike: Eu tô bem feliz com isso mano! Essa treta não tinha nada haver, coisa de moleque, desnecessário das duas partes, e por orgulho tomou uma proporção muito grande, infelizmente… Más com o amadurecimento a gente aprende que ninguém sai ganhando numa briga, então não tinha porque continuar com essa briga, acredito que essa desavença só não se resolveu antes por orgulho das duas partes, mas hoje em dia está tudo bem, meio que voltou a ser o que era antes da briga, quando a gente era amigo, varias ideias de musica e admiração.
No dia que eu falei com o Predella buscando resolver tudo isso ele também estava com a mesma intenção, e não hesitou em acabar com tudo isso naquela hora mesmo. Dai pra frente a gente vem trabalhando em algumas musicas que vão sair muito em breve, uma delas vai sair no meu álbum junto de mais alguns amigos e outra num projeto grande com outros MCs de peso no cenário, que deve sair ainda esse mês.

 

Matheus RapRJ: Quais são suas inspirações na música? Não precisa ser do Rap.

Muzzike: Tenho muita influência de soul music, funk 70’s NeoSoul , RnB e MPB, ouço muito TPain, Usher, Chis brown, Kool and the Gang, Zapp, Roger Troutman, Djavan, Cassiano, Simonal, Lenine, e o Mestre Chico Buarque.
No rap minhas influencias são Mano Brown, Emicida, Rashid, Projota, Rael, Don L, o “Alienigena” Kendrick Lamar, J Cole, Eminen, B.I.G, Camp Lo, Snoop Dogg, Dre e por ai vai rs.

 

Matheus RapRJ: Fala um pouco sobre seu novo trabalho “Luz de Mercúrio” junto do Deryck Cabrera.

Muzzike: Muita gente achou que Luz de Mercúrio é mais um som falando sobre garotas, noites e drinks e nada mais que isso, claro que o tema aborda tudo isso, de um jeito ou de outro é realmente um som sobre isso mesmo, mas Luz de Mercúrio fala também sobre autoestima, sobre se sentir bem, bonito ou não, com ou sem dinheiro na carteira! Numa cidade tão louca como São Paulo onde tudo é status e dinheiro eu quis dizer que a gente ainda consegue ser feliz e se dar bem na madrugada sendo nós mesmos, sem ter que fingir ser outra coisa. Luz de Mercúrio é sobre vivem intensamente.

 

Matheus RapRJ: Quais são seus próximos passos pro ano de 2018? Ta mais focado no Terceira Safra ou em seu trabalho solo?

Muzzike: Estou tentando botar os dois projetos pra frente, claro que meu álbum está com um pouco mais de urgência por ser meu primeiro trampo solo, tudo é novo e eu tenho que terminar isso logo, mas temos muitas músicas novas do Terceira Safra no forno também e em breve a gente vai soltar um EP com varias inéditas!!!
Sobre meu projeto paralelo com o meu mano Deryck Cabrera estamos trabalhando com singles antes de soltar o projeto completo, ainda tem muita coisa a ser feita mas posso adiantar que estamos com 80% do álbum pronto. Em Breve “Diamante Bruto”.

Redes sociais: @Muzzike

Redes sociais: @Matheusraprj

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