A Pesquisa Histórica do Museu do Hip Hop do RS é o mais novo projeto capitaneado pela Associação da Cultura Hip Hop de Esteio e financiado via Lei de Incentivo à Cultura – Pró-Cultura RS, do Estado do RS. A entidade está em processo final de formalização de um acordo para uso de espaço público ocioso, onde será criado inaugurado o primeiro Museu do estado, espaço que trará visibilidade para os diferentes linguagens da cultura Hip Hop e contará com exposição permanente, salas de ensaio e oficinas e outros espaços para diferentes tipos de atividades culturais.
Nesse primeiro momento, está se configurando a pesquisa histórica da cultura Hip Hop, para montar futuramente o acervo permanente do Museu. Para isso, o projeto está selecionando embaixadores nas nove regiões funcionais do estado, para que participem ativamente no resgate histórico da produção da cultura no estado e façam parte dessa construção do conhecimento.
Serão realizados nove fóruns de mapeamento e construção coletiva de memórias e registros junto aos embaixadores, realizados virtualmente nas cidades de Porto Alegre, Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria, Santa Cruz, Santo Ângelo, Esteio e Tramandaí. Os interessados em serem embaixadores e participarem dos fóruns do Museu podem se inscrever no formulário disponível no link abaixo até o dia 05 de julho.
Os fóruns acontecerão sempre aos sábados, às 16h, pela plataforma google meets, seguindo o calendário abaixo:
10/07 – região de Santo Ângelo
17/07 – região de Caxias do Sul
24/07 – região de Passo Fundo
31/07 – Porto Alegre
07/08 – Santa Cruz do Sul
14/08 – Esteio e região metropolitana
21/08 – região de Santa Maria
28/08 – Tramandaí e região litorânea
04/09 – região de Pelotas
A importância da criação do Museu do Hip Hop do RS vem de encontro com a necessidade urgente de resgatar e preservar a história da cultura e dos fazedores da cena hip hop do estado, registrando seu legado e importância na cena local, a exemplo de Malu Viana, a MC Flor do Guetto, falecida na última sexta feira, que integrava parte da equipe de pesquisa do museu.
Uma das primeiras mulheres a fazer Rap no Brasil, Malu esteve presente nas principais lutas de sua geração. Organizou frentes de mobilização do hip hop desde o final dos anos 1980; colaborou com o Projeto Juventude do Instituto Cidadania e Fundação Perseu Abramo; foi presença marcante nas primeiras edições do Fórum Social Mundial, ajudando em sua construção e, assim, dos sonhos de outro mundo possível; atuou na organização do I Encontro Nacional de Juventude Negra e do Fórum Nacional de Juventude Negra; foi Articuladora do Plano Juventude Viva; passou a integrar o quadro de filiadas ao Movimento Negro Unificado (MNU) no ano passado. Nos últimos anos, vinha colaborando com a Fundação Perseu Abramo no Projeto Reconexão Periferias, onde sua atuação foi marcada pelo destacado entusiasmo que lhe era característico quando acreditava numa ideia. Nunca abandonou as trincheiras de luta, foi MC do Hip-hop, militante negra antirracista e progressista até o último dia de sua vida.
Mais informações pelo e-mail: achesteio@gmail.com