Dry Leaf, também conhecido como Rafo CamCam e Folha Seca, lançou neste dia 11 de fevereiro o seu mais novo álbum intitulado como “Dry Leaf, Salto Quântico“, um projeto de sonoridade que sai de sua zona de conforte e por vezes soa experimental, um sucessor do incrível “Folha Seca, O Suicídio do Ego“, que trouxe o seu segundo alter-ego.
Apostando na trap music em seu lado mais original, expressou muito bem o seu lado intimista e até familiar; como por exemplo na formidável faixa “Piloto“, em que faz referências ao seu avô que era aviador (fazendo ainda esta genial rima). Não obstante, trouxe temáticas festival, de críticas da sociedade e do próprio cenário do rap nacional que apesar de estar em sua maior visibilidade na história, questiona-se o conteúdo e proposta. Destaca-se a faixa de encerramento que trata-se de uma poesia que questiona o topo, projetos e rappers que flertam com a ilusão do mesmo e ali, Dry mostra que o topo é um solo e um espaço solo é coletivo.
O projeto que veio com 8 faixas está disponível tanto no Youtube como nas plataformas digitais conta com as participações do Igor Bidi, Pedro Revoar e Tifli, este que curiosamente participou fazendo apenas ad-libs de muita criatividade. Os instrumentais foram assinados por Ogrowbeats, produtor que assinou a maioria dos beats do seu último álbum, abordado anteriormente. Sydens gravou as vozes, 2F cuidou das mixagens e masterizações e a capa foi colocada mais uma vez na mão do talentoso Márcio PXE, artista audiovisual que fez a icônica capa do seu último álbum.
Confira:
Em linhas gerais, podemos dizer que este projeto é resgata elementos e pontos positivos o muito bem sucedido e aceito tanto pela crítica como pelo público “Folha Seca, O Suidício do Ego” e traz uma sonoridade mais atual e experimental, saindo da caixa e buscando não somente novos públicos e ouvintes mas se auto desafiar, algo que percebe como primordial em diversas músicas do rapper carioca; é notável que o seu maior inimigo é ele mesmo.
