A faixa chega nesta sexta-feira (18/03) nas plataformas, com produção do GeeGee, “Deus Abençoa” marca o retorno do MC para a cena do rap.
Nascido e criado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Kayque Vinicius, vulgo “Nicius“, entrou para o rap de forma totalmente independente em 2016, aos 15 anos. Começou escrevendo umas rimas e alguns meses depois já estava lançando seu primeiro som. O artista teve lançamentos regulares até 2018 onde deu início a um hiato, e retorna hoje, após 5 anos, de uma forma totalmente diferente. Com “Deus Abençoa” a evolução é nítida.
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Nicius comenta: ‘Deus Abençoa’ veio num momento onde eu estava desempregado (ainda estou) e mesmo assim, com uma forma surpreendente, todo final de mês eu e minha menina conseguíamos pagar as contas básicas e ter o que comer. Ainda tínhamos um teto, mesmo que chovesse dentro dele, e ainda curtimos alguns dias, mesmo numa situação tão difícil que estamos passando. Vendo cada coisinha dessa ir acontecendo, cada porrada que vida dava e eu ainda estava de pé logo depois, só podia ser alguma coisa maior que eu que estava em volta ajudando. Lembro até hoje no mercado, quando conseguíamos encher o carrinho e pagar tudo, eu só pensava comigo mesmo, como uma forma de agradecimento: “Deus Abençoa”.
“Deus Abençoa” fala sobre um momento específico, mas também de um contexto geral na vida do artista: a comum falta de dinheiro. Os versos e a forma como ele os entoa mostram bem sua revolta contra essa precariedade que o assola. O contexto do trabalho ter sido feito totalmente independente também retrata isso.
E como já sabemos que “independente” não é sinônimo de “estar ruim“, o clipe e toda obra tem uma dinâmica que te deixa preso do começo ao fim. Vale muito a pena conferir!
Sobre o artista:
Nicius se inteirou no rap em meados de 2015/2016, durante sua caminhada foi buscando conhecimento e se aperfeiçoando nas rimas, além de sempre ir atrás novos ares para se esgueirar. Já trabalhou como instrutor de cursos de informática, técnico de câmera de segurança, vendedor de quentinha em Campo Grande – Zona Oeste, feirante em Ipanema e até vendendo água nas praias da Barra e Recreio do Rio de Janeiro. Mudou de vulgo diversas vezes até achar um que se encaixava, tendo até apelidos duvidosos como “K-Trash“. Hoje ele tem sua própria produtora/gravadora, a AllMuTe, junto com mais outros dois sócios: Mik’3 e Azteka.