O projeto Na Estrada Museu da Cultura Hip Hop RS, capitaneado pela Associação da Cultura Hip Hop de Esteio, apoiado pelo Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul e a Tintas Renner, terá início no próximo sábado, dia 02 de abril, em evento gratuito e Presencial na Praça Ernesto Tochedo – Avenida Brasil, Centro. O projeto faz parte da implantação e resgate de acervo que irá compor a exposição de abertura do Museu da Cultura Hip Hop RS, espaço que trará visibilidade para as diferentes linguagens, momentos históricos e personagens protagonistas da cultura Hip Hop e contará com exposição permanente, salas de ensaio e oficinas e outros espaços para diferentes tipos de atividades culturais.
O projeto Na Estrada Museu da Cultura Hip Hop RS parte de um contexto já existente, uma vez que já realizada a pesquisa histórica do Hip Hop no RS no ano de 2021, através da realização de grupos focais, pesquisas de opinião online e fóruns online nas nove regiões do estado do RS: Porto Alegre, Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria, Santa Cruz, Santo Ângelo, Esteio e região metropolitana e Tramandaí, buscando o resgate e preservação das características únicas de cada movimento e engajando a comunidade local. O processo foi coordenado pelo Instituto Fidedigna e equipe gestora do projeto, e contou com um time de 36 articuladores(as), pesquisadores(as) e coordenadores da pesquisa e com a participação de mais de 400 pessoas da cena Hip Hop RS, residentes de 46 (quarenta e seis) cidades, entre artistas, músicos(as), poetas, poetisas, MCs, DJs, bboys, bgirls, grafiteiros, grafiteiras, radialistas e demais agentes, gerando um conteúdo inestimável de informações, materiais e testemunhos. Esses dados apresentados comporão o acervo do futuro Museu, com pré-inauguração para maio de 2022.
O projeto Na Estrada Museu da Cultura Hip Hop RS vai marcar presença física nas 9 regiões funcionais do Estado do Rio Grande do Sul, a partir das cidades satélites de Passo Fundo, Caxias do Sul, Pelotas, Tramandaí, Santo Ângelo, Esteio, Santa Maria, Santa Cruz do Sul e Porto Alegre, circulando mais de 1500 km em articulação com diversos coletivos de cada região, com a realização de encontros para celebração da Cultura Hip Hop e de integração dos Hiphoper’s locais ao projeto, como protagonistas desta história coletiva e diversa, em cronograma de 02 de abril à 05 de junho de 2022, sempre aos sábados e domingos, conforme agenda:
02 e 03/04 – Passo Fundo e região
09 e 10/04 – Caxias do Sul e região
23 e 24/04 – Pelotas e região
30/04 e 01/05- Tramandaí e região
07 e 08/05 – Santo Ângelo e região
14 e 15/05 – Esteio e região
04 e 05/06 – Porto Alegre
Visando trazer conceitos e os principais protagonistas de cada década, de 1980 a 2022, dos bailes black e do breaking, no início, às batalhas, grafitagens, slams, semanas do hip hop e casas do hip hop, nos dias atuais, entre muitos outros. Objetivamos levantar mais de 2000 itens de acervo, como fotos, jornais, livros, vídeos, vinis, fanzines, toca discos, tênis, casacos, entre outros. Parte desse acervo já está no “Museu Insta”, Museu Hip Hop RS, espaço virtual criado no Instagram e que de 15 de agosto de 2021 a março de 2022 já fez 147 postagens históricas com mais de 200 fotos de 40 projetos que marcaram a história do hip hop no RS.
A importância da criação do Museu da Cultura Hip Hop RS vem ao encontro da necessidade urgente de resgatar e preservar a história da cultura e dos(as) fazedores(as) da cultura hip hop do estado e fortalecer a economia criativa, impactados fortemente pela pandemia, potencializar os movimentos político-sociais de resistência, a inovação de políticas urbanas desde a periferia, registrando seu legado e importância na cena local, regional e nacional, ligada aos movimentos sociais de base e da cultura desde o sul global.
SERVIÇO
Lançamento do Projeto Na Estrada Museu da Cultura Hip Hop RS
Dia 02 de abril de 2022, às 14h, presencial e gratuito
Contato para entrevistas:
Rafa Rafuagi – 51 99103-0530
“Esse projeto é de extrema importância para Povo Negro e para as Juventudes do Rio Grande do Sul. Unificar cultura, educação e ciência por meio de pesquisas e vivências tem grande potencial transformador. Hip Hop é uma Cultura viva e integradora, revisitar as memórias e desenvolver as habilidades artísticas fortalecem as comunidades em muitos aspectos.” Rafael Mautone, Coordenador Pedagógico da ACHE
“O Museu chega com a missão de conservar e manter vivas as histórias das pessoas que pavimentaram o caminho no qual é possível caminharmos. O Museu além de resgatar essas histórias servirá para registrar e valorizar as histórias que estão sendo escritas no presente” Geovane Neves, coordenador geral e administrativo da ACHE.