Se aproximando de um ano de carreira, Puterrier lança a faixa: Atabagrime. Homônima ao gênero musical criado pelo artista, funciona tanto como uma síntese da sua identidade, como uma continuação de Putaria 2000. Abordando agora assuntos mais profundos, mas sem perder as raízes na brasilidade, a faixa funciona também como uma tradução do gênero.
Esse estilo musical teve início ainda no lançamento de Putaria 2000, combinando o atabaque brasileiro com o grime das ruas de Londres. Denominado Atabagrime pelos fãs do artista, a identidade musical atinge a sua maturidade nesta faixa.
Abordando assuntos mais sérios sobre a experiência de ser brasileiro, e aproveitando o momento político do país para abordar a orientação política do artista, a música tem por objetivo abandonar a “síndrome de vira latas”. Buscando valorizar os símbolos e elementos que traduzem a cultura brasileira, e principalmente a carioca, a faixa fala tanto da vida do cantor, como de suas experiências como brasileiro e carioca da gema.
“Queria colocar no início som ambiente de praia, várias conversas ao mesmo tempo, ambulantes, mar e quando eu chegasse na praia na teoria, as pessoas começassem a falar de mim ao mesmo tempo e do Atabagrime só que cada um de forma diferente rolando um burburinho, ai começar umas agogô ou cuíca batida de escola de samba e aí começar a melodia de intro e entra o atabaque.
Conceito da estética e q pode inserir na letra Brasil, sol cerveja, putaria, baile, política, correria, originalidade, acabar com a síndrome de vira lata” – Puterrier
A primeira faixa do álbum traduz a estética “Brazuca” que o artista visa trazer. Combinando elementos tanto da cultura carioca, com a cultura brasileira geral, Puterrier instiga seus fãs com uma sonoridade que puxa o ritmo do grime e combina com a estética sonora do funk.